licka

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Despedida


Tememos pelos nossos erros e quando erramos se apequenamos diante do que pensam de nós. O erro é parte de qualquer processo, o que não podemos é culpar o outro pelo nosso erro ou fracasso.  A soberba, a arrogância, a hipocrisia desfaz a essência e desvirtua toda e qualquer virtude. Entre meio a tudo isso morre a humildade, perfazendo qualquer caminho e de mãos atadas buscamos as estrelas, mas elas estão além do alcance, desvirtuamos o nosso caminhar, perdemos nosso porto seguro, desnorteamos o nosso próprio ser. Os olhares se perdem entre miragens e absurdos e as mascaras caem por terra.
A sociedade nos coloca barreira, e nos faz acreditar que muitas vezes somos incapazes, limitados e inferiores. Jamais culpei minha deficiência pelos meus insucessos, e as mesmas nunca foram barreiras e sim superação. Sempre enfrentei meus problemas de frente, sempre tive força suficiente para enfrentá-los. Jamais fugi de desafios, olha que já foram muitos, e sempre sai mais fortalecido.  Não nego que esse golpe me deixou sem chão por algumas horas. Nesse momento a melhor companhia é o silêncio. Passadas essas fatídicas hora, retomo as minhas aventuras cotidianas, já programando o próximo ano.  Há muitos desafios pela frente, projeto a serem concretizados não dá tempo para ficar lamentando, remoendo o passado, o tempo não vai parar para refazê-lo.  Tenho o presente para vivenciá-lo e os dias que virão para concretizá-los. 
Sempre há arco-íris após a tempestade. Ainda há sonhos a ser sonhado e um longo caminho por perfazer. Talvez não tenha nada a ensinar, mas muito por aprender. Vou sonhar um novo tempo, novas possibilidades.
As crianças brincam de fazer castelos na área e depois de feito desmancham tudo e voltam a fazer novamente, o que interessa é a concretização dentro de si. Pois, tudo que fazemos e tudo que realizamos foram feitos antes na alma.  O essencial é invisível aos olhos, vê melhor com o coração. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe trouxesse flores.

Luiz Carlos de Proença
05 de dezembro de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário